Viena, 29/4- Um engenheiro eléctrico da Áustria, 73 de idade, confessou ter mantido a filha presa em um local secreto, um porão sem janelas, durante 24 anos e ter tido sete filhos com ela, disse a polícia austríaca na segunda-feira.
O caso, ocorrido em uma casa discreta de dois andares situada na cidade industrial de Amstetten, lembrou o da austríaca Natascha Kampusch, que ficou oito anos trancada em um porão antes de escapar, em 2006. No domingo, Elisabeth Fritzl, 42 anos de idade, contou à polícia que o pai dela, Josef Fritzl, a atraiu para um porão do conjunto de casas de cor cinza onde moravam com outras famílias, em 1984, onde drogou-a e algemou-a antes de aprisioná-la.
Três dos filhos dela, de 19, 18 e 5 anos de idade, viveram trancados com ela desde o nascimento e nunca viram a luz do Sol, afirmou a polícia. Os dois mais jovens são do sexo masculino. A mais velha, do sexo feminino. "Ele (Fritzl) disse agora que manteve a filha trancada durante 24 anos e que é o pai dos sete filhos dela.
Ele acrescentou que manteve os filhos presos também", afirmou à Reuters, por telefone, Franz Polzer, chefe da unidade de investigações criminais da Província da Baixa Áustria. Fritzl confessou ainda ter queimado o corpo de um de seus filhos, morto pouco depois do nascimento, disse Polzer.
Meios de comunicação austríacos afirmaram que o homem queimou o bebé em uma caldeira. Três das crianças - duas meninas e um menino -- foram criadas por Josef e a mulher dele. Os policiais ainda vasculham o conjunto de corredores e câmaras do porão.
Fritzl escondeu a entrada do complexo atrás de prateleiras e apenas ele conhecia o código da porta reforçada de concreto, afirmaram as autoridades.
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